8 de abr. de 2010

Dialogos Universitários 2010


Por João Carlos Bento – 5º semestre do curso de Comunicação Social – Jornalismo - UFC

A nova configuração da ordem econômica mundial foi tema da palestra “Brasil – Grandes oportunidades em um mundo de transformação”, apresentada pelo economista Ricardo Amorim na noite do dia 16 de março, no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Em sua terceira edição no estado, o evento faz parte do programa “Diálogos Universitários”, realizado a partir da parceria estabelecida entre a empresa Souza Cruz e a Inova, empresa júnior da Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Contabilidade e Secretariado (Feaacs) da UFC.

“Eu quero mudar o olhar de vocês sobre o mundo em uma hora”, desafiou Amorim, logo no início da palestra. E num tempo pouco maior que esse, ele apresentou uma realidade que surpreendeu os mais de 600 universitários que lotavam as cadeiras do auditório. De acordo com o economista, nos últimos anos, o mundo passou por um redesenho em relação aos papéis que as nações desempenham na economia global.

Nesse contexto, Estados Unidos e os países europeus vêm assinalando uma forte queda em seu crescimento econômico, enquanto China e Índia, que integram o grupo dos países de economia emergente, vêm ganhando terreno, seja com o fornecimento de bens industrializados, no caso da economia chinesa, ou com o aumento da renda interna e conseqüente acréscimo do poder de aquisição e consumo por parte dos indianos. “O mundo já mudou. A gente só não se deu conta ainda”, alertou o economista.

As alterações na ordem mundial também surtiram efeito em terras brasileiras. A taxa média de crescimento do país, no período compreendido entre 2004 e 2010, foi de 4,7%, o dobro do período anterior. O incremento na economia nacional está ligado, principalmente, ao aumento na exportação de commodities e de produtos do agronegócio, especialmente os gêneros alimentícios. “O mundo passou a precisar do que o Brasil faz bem. A gente saiu ganhando nessa história”, disse Amorim.

O economista informou ainda que a tendência é de que os juros no Brasil sofram uma redução progressiva, possibilitando a expansão das linhas de crédito e o crescimento de regiões pouco exploradas economicamente, como o Norte e o Nordeste. “Em 2020, a nossa distribuição de renda vai ser melhor do que a americana. Eu acredito que isso vai acontecer”, aponta.

A palestra foi seguida de um debate do qual participaram, além do economista Ricardo Amorim, representantes da empresa Souza Cruz, da Universidade Federal do Ceará e da Inova. O evento deu início ao programa “Diálogos Universitários” em 2010, sexto ano desde sua criação. No Ceará, o programa já contou com participação do jornalista Caco Barcellos e do economista Gustavo Loyola.

 
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